domingo, 18 de dezembro de 2011

Tudo Igual

Tudo Igual


autor: Cida Sousa

                                               Um dia eu vi uma caminhada...

                                                            iam devagar...

                                                          passo a passo... 

                                                    para um único destino. 

                                                Quase ninguém vê isso... 

mas eu vi e olhei profundamente aqueles olhos que eram quase humanos, quase gente... 
Quanto mais se aproximavam da morte, mais tristes eram os sons emitidos, pois sentiam o cheiro de sangue dos  que morriam antes... 
                              Aqueles olhares e sons tristes acompanhados daquela procissão fúnebre me  transportaram para um lugar distante em outro tempo onde haviam muitos seres humanos que também formavam uma fila enorme e caminhavam para a morte...

                               Crianças, velhos e jovem eram fuzilados e seus corpos se amontoavam uns sobre os outros... morriam e nem sabiam porquê...

Tudo igual, eu pensei... 



Fonte:http://www.apasfa.org/futuro/tudoigual.shtml

Vira Latas

Vira Latas
Autor desconhecido

Cheirando a canha e fumaça
A cruza de dois sem raça
Nasceste no olho da rua
Perambulaste em sarjetas
Sem nunca mamar nas tetas
Da mãe que um dia foi tua.
 
Sofreste o frio e o abandono
Daqueles que não tem dono
E que jamais tiveram teto,
mas por trás deste focinho

No olhar imploras baixinho
Que aceitemos o teu afeto.
 
Pelo ralo, pulgas, sarna...
Por pouco não desencarnas,
Doente e louca de fome,
foste achada cachorrinha

Assustada, tão sozinha,
sem sequer possuir um nome!
 
Pedigree, doutor, vacina,
No amargor de tua sina,
levaste vida de bicho!

Quase sempre escorraçada,
só tinhas a madrugada,

Prá comer restos de lixo.
 
Dividiste espaço e pratos,
Com outros cães, talvez gatos,
Brigando por um cantinho
Um lugar que te abrigasse,
Onde a chuva não molhasse,
Que fosse seco e quentinho.
 
Quis o destino no entanto,
talvez pro teu próprio espanto

Que outro dia alguém te achasse
E ao te ver machucadinha,
te arranjasse uma caixinha

e com carinho, te adotasse.
 
                                                             Que inveja tem outros cães,
                                                           
mesmo aqueles que têm mães
                                                            Ao te verem bela e faceira
                                                              Senhora do pátio, jardim,
                                                             de um corredor sem fim, ao sol,

                                                                Dormindo na esteira...
                                               


Fonte:http://www.apasfa.org/futuro/viral.shtml

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Conto chines -A honestidade

Estou precisando fazer poemas novamente,mas eu não estou conseguindo :(

CONTO CHINÊS

     Conta-se que, por volta do ano 250 a.C, na China antiga, um príncipe da região norte do País estava às vésperas de ser coroado Imperador, mas, de acordo com a lei, deveria se casar. Sabendo disso, resolveu fazer uma disputa entre as moças da corte, inclusive quem quer que se achasse digna de sua proposta que não pertencesse à corte.

     No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, numa celebração especial, todas as pretendentes e apresentaria um desafio. Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe.

     Ao chegar à casa e relatar o fato à jovem filha, espantou-se ao saber que ela já sabia sobre o dasafio e que pretendia ir à celebração.

     Então, indagou incrédula: — Minha filha, o que você fará lá? Estarão presentes todas as mais belas e ricas moças da corte. Tire esta idéia insensata da cabeça. Eu sei que você deve estar sofrendo, mas não transforme o sofrimento em loucura.

     A filha respondeu: — Não, querida mãe. Não estou sofrendo e muito menos louca. Eu sei perfeitamente que jamais poderei ser a escolhida. Mas é minha única oportunidade de ficar, pelo menos alguns momentos, perto do príncipe. Isto já me torna feliz.

     À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de fato, todas as mais belas moças com as mais belas roupas, com as mais belas jóias e com as mais determinadas intenções. Então, inicialmente, o príncipe anunciou o desafio: — Darei a cada uma de vocês uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e futura Imperatriz da China.

     A proposta do príncipe não fugiu às profundas tradições daquele povo, que valorizava muito a especialidade de cultivar algo, sejam relacionamentos, costumes ou amizades.

     O tempo foi passando. E a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura a sua semente, pois sabia que se a beleza da flor surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisaria se preocupar com o resultado.

     Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tudo tentara. Usara de todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido. Dia após dia ela percebia cada vez mais longe o seu sonho; mas cada vez mais profundo o seu amor. Por fim, os seis meses haviam passado e nada havia brotado. Consciente do seu esforço e da sua dedicação, a moça comunicou à mãe que, independentemente das circunstâncias, retornaria ao palácio na data e na hora combinadas, pois não pretendia nada além de mais alguns momentos na companhia do príncipe.

     Na hora marcada estava lá, com seu vaso vazio, bem como todas as outras pretendentes. Mas, cada jovem com uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas e cores. Ela estava admirada. Nunca havia presenciado tão bela cena.

     Finalmente, chega o momento esperado e o príncipe passa a observar cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção. Após passar por todas, uma a uma, ele anunciou o resultado, indicando a bela jovem que não levara nenhuma flor como sua futura esposa. As pessoas presentes na corte tiveram as mais inesperadas reações. Ninguém compreendeu porque o príncipe havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado.

     Então, calmamente o príncipe esclareceu: — Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma Imperatriz. A flor da Honestidade. Pois, todas as sementes que entreguei eram estéreis.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Uma parábola : Inocente ou Culpado?


     Conta uma lenda que, na Idade Média, um homem muito religioso foi injustamente acusado de ter assassinado uma mulher. Na verdade, o autor do crime era uma pessoa influente no reino e, por isso, desde o primeiro momento, se procurou um bode expiatório para acobertar o verdadeiro assassino.

     O homem injustamente acusado de ter cometido o assassinato foi levado a julgamento. Ele sabia que tudo iria ser feito para condená-lo e que teria poucas chances de sair vivo das falsas acusações. A forca o esperava!

     O juiz, que também estava conluiado para levar o pobre homem à morte, simulou um julgamento justo, fazendo uma proposta ao acusado para que provasse sua inocência.

    Disse o desonesto juiz: — Como o senhor, sou um homem profundamente religioso. Por isso, vou deixar sua sorte nas mãos de deus. Vou escrever em um papel a palavra INOCENTE e em outro a palavra CULPADO. Você deverá pegar apenas um dos papéis. Aquele que você escolher será o seu veredicto.

     Sem que o acusado percebesse, o inescrupuloso juiz escreveu nos dois papéis a palavra CULPADO, fazendo, assim, com que não houvesse alternativa para o homem. O juiz, então, colocou os dois papéis em uma mesa e mandou o acusado escolher um. O homem, pressentindo o embuste, fingiu se concentrar por alguns segundos a fim de fazer a escolha certa. Aproximou-se confiante da mesa, pegou um dos papéis e rapidamente colocou-o na boca e o engoliu. Os presentes reagiram surpresos e indignados com tal atitude.

     O homem, mais uma vez demonstrando confiança, disse: — Agora basta olhar o papel que se encontra sobre a mesa e saberemos que engoli aquele em que estava escrito o contrário.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

O Filho do Homem - Vinicius de Moraes

Vinicius de Moraes

                                                    O mundo parou
                                                   A estrela morreu
                                                  No fundo da treva
                                                  O infante nasceu.
                                                   

                                                Nasceu num estábulo
                                                  Pequeno e singelo
                                                  Com boi e charrua
                                                 Com foice e martelo.

 

                                                   Ao lado do infante
                                                  O homem e a mulher
                                                      Uma tal Maria
                                                    Um José qualquer.

 

                                                  A noite o fez negro
                                                   Fogo o avermelhou
                                                 A aurora nascente
                                                   Todo o amarelou.

 

                                                 O dia o fez branco
                                                  Branco como a luz
                                                À falta de um nome
                                                  Chamou-se Jesus.

 

                                                   Jesus pequenino
                                                     Filho natural
                                                  Ergue-te, menino
                                                   É triste o Natal.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O sentimento

                                                                 O sentimento
                                                          Amanheçe eu te esqueço
                                                          Mas de tarde,eu me lembro
                                                          Ontem já te perdi
                                                          Reencontrei-te,estavas ali


Se lido a primeira letra de cada frase,lê-se Amor :)

domingo, 23 de outubro de 2011

Mundo

Faz alguns dias que não posto.É porque estou sem poema e tempo.
De qualquer modo,tem um novo:
                                                 
                                                                 Mundo
                                                         Você era tão puro
                                                         Tão belo, e tão calmo
                                                               Tão perfeito
                                                         Mas um dia chegou
                                                        E você ficou destruido
                                                       Cheio de ódio,maldade e morte
                                                              Perdeu tua beleza
                                                          E passou a viver na escuridão
                                                           E nunca mais se achou luz em você

Sei lá,acho q o que eu escrevo não é exatamente um poema,mas é um versinho ou algo assim,eu gosto disso.
                                                             
                                                                 

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Inventamos mentiras

   Não achei um bom titulo para ele.                                                     
                                                                 Destruímos o Criador
                                                             E inventamos nosso passado
                                                                Inventamos alienígenas
                                                            Inventamos milhões de teorias
                                                       Para dizer que tudo surgiu pelo acaso
                                              Para dizer que o mais simples não era a verdade
                                                          Nós destruímos muitos sonhos
                                                                   E muitas Vidas
                                                 Para inventar mentiras que nos confortassem
                                                         E escondessem nosso destino.


segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Nossa Culpa

Fui fazendo uns versos(? sei lá como se chama esse negocio q eu escrevi,mais eu gostei)Só não achei titulo melhor
                                                   
                                                Nossa Culpa
                                      O mundo está acabando
                                  E porque fomos tolos o suficiente
                                  Não podemos mais mudar nada
                                    Porque tudo já esta destruído
                                           E tudo é nossa culpa
                           Fomos nós que matamos as florestas
                             Fomos nós que exploramos vidas
                                                 Fomos nós ...
                                                  Fomos nós...
                              Fomos nós que acabamos com tudo....
                                  Fomos nós que nos destruímos
                                              Para sempre.


sábado, 15 de outubro de 2011

Assassinato

  

                                                                      Assassinato
                                                               O sangue caído na terra
                                                                Foi devorado pelo ódio
                                                               Guardando a vontade do
                                                               Mundo de derramar sangue

Meus versinhos :) 

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Olá

Olá,eu sou Stela e sou dona de outros dois blogs o Pensei,Desenhei (antigo Nosso Desenho) e o Blog da Stela Cintra .
Nesse blog eu postarei poemas que fiz para passar o tempo. entre outros textos.